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Loulé recebe um resort sustentável  inspirado em aldeia algarvia

 

Loulé recebe um resort sustentável inspirado em aldeia algarvia

3 de dezembro de 2021

O Ombria Resort, um projeto de imobiliário de luxo, que está a nascer no concelho de Loulé, no Algarve, do grupo finlandês Pontos, com abertura no segundo semestre de 2022, tem como imagem de marca a recriação de uma aldeia algarvia no topo de uma das colinas, onde terá torre sineira e para uma grande praça, que será o palco central de uma agenda de eventos que darão vida ao resort ao longo de todo o ano.

Como explica o arquitecto João Perloiro, do atelier de arquitetura Promontório, responsável pelo projecto: “O conceito desenvolvido procura uma identidade baseada na recriação da imagem de uma aldeia serrana do barrocal algarvio, simulando o seu crescimento natural ao longo do tempo, através da sucessiva adição de pequenos edifícios, que se vão adaptando à morfologia e à topografia do lugar. A colina do hotel do Ombria Resort assemelha-se ao aglomerado urbano de Querença, em que as construções ladeiam a encosta, tirando partido das vistas e da exposição solar.

A utilização de elementos decorativos, azulejos feitos à mão e chaminés de terracota, bem como corrimões e balaustradas metálicas rendadas, introduzem uma diversidade e riqueza no desenho que é ao mesmo tempo coeso e autêntico. Modestamente ornamental, inspira-se no imaginário do regionalismo crítico dos pós-guerra de figuras como Fernand Pouillon, Rudolf Olgiati ou Fernández del Amo, na tentativa de conciliar uma expressividade contemporânea com as inflexões regionais trazidas pela cultura, paisagem e clima”.

No Ombria Resort, os vários edifícios que formam o conjunto do Hotel e Clube de Golfe partilham a mesma linguagem arquitectónica baseada na evolução das casas populares algarvias para edifícios contemporâneos, misturando os materiais e linguagens. Essas características são dadas, explica João Perloiro, “pela mesma expressão das arcadas e das galerias, pelas diversas formas dos volumes das coberturas inclinadas e dos remates dos beirados, pelas molduras dos vãos e dos cunhais, pela pedra dos muros e dos embasamentos, e todos os materiais de construção e suas cores”. E acrescenta: “Esteticamente, os volumes simples de telhados de duas águas, que constituem a maior parte do conjunto, são inspirados numa leitura da arquitetura vernacular das aldeias do Algarve. O rés-do-chão, construído em betão pigmentado de cor semelhante à do solo envolvente, numa técnica evocativa da taipa, reduz a perceção visual da altura de três para dois andares”.

Para o arquiteto da Promontório foi também desafiante o facto de o resort se localizar no cume de uma colina exposta a noroeste e sudeste. “A localização tornou o desenho desafiante, na medida em que obrigou a conciliar o sistema de vistas com a otimização da exposição solar. O desenho proposto foi morfologicamente concebido como uma aldeia em que um conjunto de volumes informais de dois e três pisos se dissolve na paisagem adaptando-se suavemente aos contornos da topografia, em diferentes socalcos.

Todo o sistema do hotel é baseado num “núcleo central” ao redor de uma praça e uma torre sineira, que contém todos os serviços e equipamentos (receção, lobby, restaurantes, bar, piscinas, áreas para reuniões), a partir de onde a pé ou de golf carts eléctricos, os hóspedes irão aceder às diferentes unidades de alojamento, ficando os automóveis estacionados em cave através de um serviço de valet parking”.

Por outro lado, o arquitecto também apostou na utilização de materiais regionais e nacionais, tais como pedras, tijoleiras, rebocos, e isolamentos tendo em vista criar um elevado grau de sustentabilidade nos processos de transporte e transformação.  

O que vai ao encontro da filosofia de todo o projecto que pretende a criação de um novo destino de luxo sustentável, promovendo e apoiando o interior do Algarve, contribuindo para a economia local, valorizando a região e as tradições culturais, apoiando os artesãos locais e o seu conhecimento dos materiais e das tradições.

O resort, cuja abertura da primeira fase está prevista para 2022, vai ter um hotel de 5 estrelas, o Viceroy at Ombria Resort, um campo de golfe de 18 buracos e 65 apartamentos de tipologias T1 e T2 integrados no hotel Viceroy at Ombria Resort, que inclui ainda 76 quartos e suites de luxo, seis restaurantes, piscinas, spa, ginásio, kids club, centro de conferências e observatório astronómico.

O Ombria está a ser construído segundo os preceitos da arquitectura sustentável, o que já lhe valeu o prémio European Property Awards como “Melhor Projecto Residencial Sustentável em Portugal” com o projecto “Viceroy Residences at Ombria Resort” na edição 2019-2020.