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Internacional
Igreja de Olivença restaurada por empresa portuguesa

 

Igreja de Olivença restaurada por empresa portuguesa

16 de março de 2022

A empresa portuguesa de restauro Samthiago iniciou a intervenção de "Restauración del Camarín y Consolidación de toda la Estructura del Retablo Mayor de la Iglesia de Santa María Magdalena” de Olivença. A bela capital do município raiano, alvo de disputa diplomática entre Portugal e Espanha, conta com um vasto e valioso património histórico.

Em poucas palavras, o litígio é assim relatado na wikipedia: Em 1801, através do Tratado de Badajoz, celebrado por Portugal e a Espanha e França por outro, o território de Olivença foi anexado pela Espanha. Portugal denuncia em 1808 o tratado por não concordar com essa cláusula e, em 1817, “a Espanha reconheceu a soberania portuguesa subscrevendo o Congresso de Viena de 1815, comprometendo-se à retrocessão do território o mais prontamente possível. Porém, até aos dias de hoje, tal ainda não aconteceu”.

Litígios à parte, importa reconhecer o valioso património existente e as relações de boa vizinhança entre as populações da raia.

 

Uma jóia do Manuelino

A Igreja Paroquial de Santa Maria Madalena foi mandada construir por D. Manuel I no séc. XVI, tendo dado o nome à paróquia e à freguesia. É considerada como um dos expoentes máximos do manuelino português e em 2012 o monumento venceu a competição que elege os melhores recantos espanhóis: ""El mejor rincón de España 2012".

O retábulo foi erigido no início do séc. XVIII, tendo substituído outro existente com pinturas do séc. XVI. A sua estrutura e elementos decorativos, próprios do estilo joanino, permitem lançar a hipótese de que tenha sido entalhado por Manuel Francisco, autor do retábulo-mor da Igreja de São Salvador de Elvas (1702), a quem também se atribui a execução do retábulo-mor da Igreja de Santa Maria da Assunção, em Olivença. É descrito como um retábulo de camarim, cuja finalidade seria a exaltação da eucaristia, através da colocação da Custódia no topo da tribuna. 

Os trabalhos, adjudicados à empresa de restauro com sede em Viana do Castelo em contrato público com a Junta da Extremadura, deverão estar concluídos num período de 60 dias.